"Não quero acumular riquezas"
Acumulador de experiências
A segurança é o principal objetivo de Mateus Carneiro, 20, quando questionado sobre o motivo de investir. O estudante de Administração detalha que já investe há mais de um ano e que a necessidade surgiu de se manter seguro caso haja algum imprevisto.
“Eu já tinha na cabeça que eu precisava economizar, caso necessitasse de dinheiro. Caso saísse do estágio, como eu iria me manter?”. Essa foi a principal motivação de Mateus para buscar formas alternativas de gerar dinheiro. Ele explica que mantinha certa quantia em conta poupança, mas que o rendimento não era o esperado, nem satisfatório.
A primeira aplicação de Mateus foi no Nubank - startup de serviços financeiros -, em modalidade de renda variável chamada “NuConta”. “Foi uma descoberta”, revela. Atualmente, o investimento se expandiu também para a renda fixa, no Tesouro Selic do Tesouro Direto, título de dívida do governo. Nessa aplicação, o investidor empresta dinheiro para o poder público, que o devolve com pequena taxa de juros.
O estudante afirma que, antes de tirar o primeiro centavo do bolso, seu primeiro passo foi pesquisar sobre o assunto. A insegurança sobre seus investimentos era o principal empecilho, mas o acesso à educação financeira foi essencial. “Na faculdade, já tenho acesso ao mercado financeiro. Mas busquei também na internet, em canais de Youtube. Foi depois de muita pesquisa que fiz o primeiro depósito. É um meio que todos conseguem ter acesso”.
Mateus controla seus investimentos por aplicativo no celular. Foto: Natália Coelho
Foi depois de muita pesquisa que fiz o primeiro depósito. É um meio que todos conseguem ter acesso”
Com o aumento das aplicações, ao mesmo tempo do rendimento, Mateus resolveu, então, pensar mais alto. Além de manter dinheiro na reserva, viver em outro país começou a fazer parte da finalidade desse capital. “Hoje em dia, eu poupo porque tenho a intenção de estudar fora, em Portugal. Eu não quero ser rico, mas sim ter um padrão de vida estável. Não quero acumular riquezas, mas sim experiências”.
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A dica é colocar o dinheiro na conta e “fingir que ele não existe”, além de tentar investir todo mês mais um pouco. A experiência, para Mateus, tem sido satisfatória. “A educação financeira é muito importante, sem falar que muitas pessoas às vezes nem conhecem as possibilidades. O Tesouro Direto, por exemplo, é super seguro”, assegura.
O meio não é exatamente fácil, ainda mais para quem nunca trabalhou com investimentos. Mas a pesquisa, a leitura e o entendimento de qual é seu perfil de investidor são os primeiros passos para começar o processo.